Para garantir uma relação mais harmoniosa e respeitosa na escola, cinco alunas do Colégio Harmonia, com idades entre 8 e 9 anos, tiveram a ideia de formar duplas entre amigos que não têm afinidade para que possam trocar ideias e estudar juntos e, no final, saber se um amigo conheceu o outro.
Catarina Pereira, Bia Bizotto, Manuela Ferreira, Laura Leocádio e Luiza Akemi ficaram conhecidas no Colégio Harmonia como inspetoras antibullying.
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As boas ideias geralmente nascem da observação de um problema. O olhar atento é o primeiro caminho para se chegar a uma solução. E foi assim que cinco estudantes de São Bernardo, com idades entre 8 e 9 anos, desenvolveram um projeto antibullying que já foi colocado em prática.
Alunas do Colégio Harmonia, Catarina Pereira, 8 anos, Bia Bizotto (9), Manuela Ferreira (8), Laura Leocádio (9) e Luiza Akemi (9), tiveram a ideia de formar duplas com os amigos que não têm muita afinidade para que eles possam trocar ideias, estudar juntos e, no final, preencher um formulário – criado por elas – para saber se realmente um amigo conheceu bem o outro.
As meninas ficaram conhecidas no colégio como as inspetoras antibullying. E cada uma delas teve um motivo especial para aderir à iniciativa. Manuela disse que elas assistem a série Pollyana e nela dois garotos faziam mau para um menino dentro e fora da escola e elas não gostaram disso. Luiza disse que quis participar, pois já sofreu bullying.
“Muitas pessoas sofrem com isso. Até mesmo as que fazem bullying. Eles perdem o que poderiam ganhar, como amizade, coisas boas. Porque se elas fazem bullying, as outras pessoas não vão querer se importar com elas. Tem que ajudar”, afirma Manuela.
As meninas contaram com o apoio da orientadora educacional da escola, Carolinne Thais Ramos. “É legal que crianças tão pequenas já conseguem ter essa dimensão, conseguem se conscientizar e se mobilizar para poder ajudar o outro. E isso é muito importante para a escola e para a família”, afirma a educadora.
O projeto já está se refletindo nas relações entre os estudantes. “Tenho percebido que os alunos estão mais receptivos aos colegas com quem não possuem (ou não possuíam) tanta afinidade. Um aluno que não gosta muito de demonstrar afeto, tem abraçado mais a mim, inspetores e amigos. Pode parecer impressão, mas os conflitos em sala diminuíram”, disse a professora Tatiana Satie.