“E embora seja difícil imaginar nossa nação totalmente livre do racismo e do sexismo, o meu intelecto, o meu coração e minha experiência me dizem que isto é realmente possível. Até esse dia, em que nenhum dos dois existam mais, nós devemos lutar”. James Baldwin
Nesta quinta-feira, 16 de novembro, foi realizado o segundo encontro de formação sobre a Política de Enfrentamento ao Racismo.
O evento contou com a palestra de Regina Grimaldi, formada em Ciências Sociais pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, da USP, e em Direito, pela Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo.
Durante a conversa com a equipe de gestão do Colégio Harmonia, Regina abordou os tipos de racismo (individual, estrutural e institucional), falou sobre as conquistas do movimento negro no Brasil e trouxe a importância da sensibilização das pessoas sobre o combate ao racismo.
“O mundo ideal seria que todas as escolas e instituições tivessem programas e projetos de combate ao racismo, para que as pessoas entendam de todos os mecanismos, de como funciona o racismo, os aspectos teóricos, legais e históricos, de saber como chegamos até aqui – quando vemos tantos casos publicados diariamente de violência com motivação racial. É fundamental que as escolas abracem esse tipo de luta para que a gente tenha adultos com essa consciência. O racismo além de ser crime, é uma imoralidade para a sociedade, para brancos e para negros. É uma degeneração social a gente permitir que o racismo continue crescendo e se disseminando”, afirmou Regina.
Regina ressaltou ainda “a maioria dos autores que eu trouxe no encontro são negros. Ou seja, a gente está produzindo intelectualmente, estamos produzindo na academia, estamos produzindo ciência. Então, a ideia de inferioridade, a ideia de julgamento intelectual, de caráter, a partir da cor da pele é um absurdo, é imoral, para não dizer crime!”
